O sonho escorrendo pelos olhos. Estava fluindo, parecia desintoxicar-se. A menina, que tanto sonhou ( e sonhou alto!) agora via a imensidão de um tempo finito sair assim, no canto do olho. Talvez não quisesse acreditar, lá no fundo, mas estava ali, logo a sua frente, a verdade mais dolorida. Ela falhou. Deixou a desejar em seu último instante. O triunfo que tanto imaginara , escorrendo pelo olho. Olho que tantas vezes havia brilhado só de imaginar no futuro a primeira de suas tantas conquistas. Talvez fosse o início.Fora adiado. Esperança? Sim. Mas a menina só poderá pisar firme em uma idéia certa de novo mais pra frente. Enquanto isso, carrega sofrida, o peso de ter falhado quando menos podia. Flutua, sempre flutuou em meio a tantos sonhos, mas agora com um peso a mais de realidade.
O sonho escorreu pelos olhos, e a menina os enxugou.
O sonho escorreu pelos olhos, e a menina os enxugou.